O Espaço de diálogo sobre o Ensino Médio Público

sábado, 6 de setembro de 2014

O IDEB revela que o ensino médio no Pará mudou, pra pior!




Considerando apenas a rede estadual de ensino, piorou a qualidade da educação em todas as etapas da educação básica avaliadas, nas séries iniciais (de 4.0 para 3.6) e finais do ensino fundamental (de 3.1 para 3.0) e no ensino médio (de 2.8 para 2.7). O índice alcançado pela Rede estadual de ensino é o penúltimo entre todos os estados da federação e está piorando, isso é vergonhoso!


Perguntávamos em 2012, depois de divulgados os resultados do IDEB – Índice de Desenvolvimento da educação Básica – referente ao ano de 2011, que revelavam a má qualidade da educação paraense, “chegamos ao fundo do poço?” Os novos índices divulgados ontem pelo Ministério da Educação nos dizem que não.
O indicador da qualidade da educação piorou nas séries iniciais do ensino fundamental (de 4.2 para 4.0) e também piorou nas séries finais do ensino fundamental (de 3.7 para 3.6), tendo pequena melhora apenas no ensino médio (de 2.8 para 2.9).
Considerando apenas a rede estadual de ensino, piorou a qualidade da educação em todas as etapas da educação básica avaliadas, nas séries iniciais (de 4.0 para 3.6) e finais do ensino fundamental (de 3.1 para 3.0) e no ensino médio (de 2.8 para 2.7). O índice alcançado pela Rede estadual de ensino é o penúltimo entre todos os estados da federação e está piorando, isso é vergonhoso!
Isso revela a falta de projeto de educação estadual, o baixo investimento na educação pública, a inexistência de uma política perene de formação continuada de profissionais da educação, a desmotivação e desvalorização dos profissionais da educação do estado e a permanência da bagunça administrativa que caracteriza a Secretaria Estadual de Educação do Pará.
No que se refere ao ensino médio, a tendência é de queda de qualidade desde o início do atual Governo, o que indica a ineficácia do gerenciamento privado do ensino médio pelo Instituto Unibanco, que implantou o PJF – Programa Jovens de Futuro. Este tipo de gestão revelou-se agora contrário à qualidade da educação pública.
Os professores, estudantes e as comunidades do entorno das escolas, nunca ouvidas pelo atual governo, devem ser compreendidos como parte da solução desta problemática situação e não podem ser culpabilizados, como faz o atual Governo do Estado.
Quem mais perde com a baixa qualidade da educação é a juventude paraense, que vê diminuída suas possibilidades de acesso à cultura humana sistematizada e a uma vida social digna. No Pará são cerca de 100 mil jovens paraenses fora da escola, 250 mil atrasados e dos que estão estudando o fazem em escolas sucateadas e sem garantia de aprendizagem.
O IDEB é um indicador que precisa ser observado com reservas, pois contém várias imprecisões, mas é um registro de situações reais da educação brasileira. Seus resultados indicam que, na educação do Pará, continua verdadeira a Lei de Murphy: “Nada é tão ruim que não possa piorar mais ainda”.
Veja abaixo a evolução do IDEB do ensino médio da rede estadual de ensino do Pará.

Um comentário:

  1. Mas, o que dizer do IDEB na época da "Ana, a passageira". Ela, também, com o seu despreparo conseguiu contribuir com esse excrescente dígito.

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