“A SEDUC está acabando com o turno da noite na
Anísio (Escola Tecnológica Anísio Teixeira) e com a oferta de Arte Dramática, a
equipe hoje nem quer mais saber de integração, pois aos poucos estamos sendo
expulsos do prédio para que o SEBRAE se instale. Desmotivação, incerteza e
indignação pairam sobre a nossa querida escola”.
A Escola Anísio Teixeira funciona na Travessa Dom
Pedro I, no Bairro do Umarizal, e conta com um espaço diferenciado (teatro, com
sonorização e iluminação adequados, laboratórios, salas de aula espaçosas e
equipamentos diversos). Foi construída com recursos do PROEP – Programa de
Expansão da Educação Profissional, do Ministério da Educação, gerenciados pela
FEAMA –Fundação de Empreendedores da Amazônia. Em sua construção foram gastos,
até 2005, R$3.006.659,00. Todo o dinheiro para a sua construção, portanto, são
de origem pública.
Desde que foi reincorporada ao patrimônio do
estado, em 2008, por orientação do Ministério da Educação e do FNDE – Fundo
nacional de Desenvolvimento da Educação -, esta escola é objeto de desejo de
muita gente em função dos espaços diferenciados que tem. A comunidade daquela
escola vive ameaçada de perder o prédio. Se é verdade que a escola começa a ser
repassada ao SEBRAE este é um deserviço à educação púbica e à população do
estado
Por outro lado, se o SEBRAE quer fazer educação
profissional em um prédio público, porque não se interessa por uma escola
deteriorada como muitas das que o estado tem? Porque só se interessa pela boa
escola pública?
Também a SEDUC, se quer fazer “filantropia” com o
patrimônio público, porque quer abrir mão da escola que conta com a melhor
infra estrutura da sua Rede de Escolas Tecnológicas? Isso revela a falta de
proposta do Governo do Estado para a educação profissional técnica, apesar do
discurso de campanha de que esta seria uma prioridade, e também o descaso com a
educação destinada aos trabalhadoes.
Não merecem os alunos da escola pública uma escola
de qualidade? Ou vale aquela máxima de “escola pobre para alunos pobres”?
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