Professor e estudante fazem parte
do problema ou da solução da educação pública?
A melhoria a educação pública do
estado não vem com as ações implementadas pelo governo do estado, que faz
parceria com bancos para gerir a educação e valoriza apenas a preparação para
as provas do ENEM como estratégia de qualificação do ensino. Os principais
sujeitos de um possível processo de qualificação do ensino público estão se
movimentando, professores e estudantes estão na ruas!
Os professores da rede estadual
de ensino iniciaram uma greve em que reivindicam não apenas melhorias
salariais, mas também lutam em defesa da escola pública. Em uma Carta Aberta à
Comunidade protestam contra a má qualidade da infraestrutura das escolas que se
revela na “falta de ventilação e climatização das salas de aula, de água
potável, de espaços educacionais adequados, com banheiros sem condições de uso
e materiais didáticos pedagógicos insuficientes, sem falar na completa
insegurança que assola a comunidade escolar”.
O que reivindicam os professores?
“completa estruturação das escolas, inclusão no PCCR dos funcionários de escola
já previsto na legislação, eleições diretas para direção de escola, jornada de
trabalho com garantia de no mínimo 1/3 para hora atividade, regulamentação de
Aulas Suplementares, efetivação da lei do Sistema de Organização Modular de
Ensino (SOME), pagamento do retroativo do PSPN de 2011, realização imediata de
concurso público, qualificação profissional para trabalhadores (as)”.
Os professores da rede municipal
de ensino de Belém fizeram uma greve, que se encerrou este mês, na qual esteve
no centro das reivindicações a luta pela gestão democrática nas escolas com
eleições diretas dos diretores das escolas.
Do mesmo modo os estudantes têm
protestado. Nas últimas semanas pelo menos quatros escolas da região
metropolitana pararam suas atividades e os estudantes fecharam ruas. Discentes
e docentes das escolas estaduais Eunice Weaver, Monsenhor Azevedo, Maria
Gabriela Ramos de Oliveira e Magalhães Barata pararam em protesto contra a
falta de água e outros itens básicos necessários para que ocorra o ensino e a
aprendizagem.
Indiferente a tudo isto o governo
do estado quer responsabilizar estudantes e professores pela má qualidade da
educação. Insistimos que o professor faz parte da solução e não do problema. Só
o governo do estado e a prefeitura parecem não entender isto.
É necessário que a movimentação dos alunos e da comunidade ganhem visibilidade. Tá mais do que na hora da sociedade se manifestar a favor da educação e conhecer mais de perto os inúmeros problemas que envolvem o sistema público de ensino e comprometem o rendimento dos estudantes.
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