O Espaço de diálogo sobre o Ensino Médio Público

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

UFPA GANHA ESCOLA DO TRABALHO

             Na última terça-feira, dia 18, no Auditório do ICED/UFPA, ocorreu o Lançamento da Escola do Trabalho. Trata-se de um laboratório pedagógico de práticas formativas orientadas pela ideia de INTEGRAÇÃO. Financiado pelo Edital CAPES-life, objetiva colaborar para a formação de profissionais da educação capazes de enfrentar os desafios da educação integrada nas escolas de ensino médio.
             As atividades a serem desenvolvidas a partir de janeiro serão de estudo, discussão, experimentações e socialização de práticas de ensino, de avaliação e de organização curricular. estas serão dirigidas principalmente a docentes e discentes de cursos de licenciatura, Trabalhadores da Educação e Movimentos Sociais (Associações, Sindicatos e ONGs) 

       O Evento contou com a presença da Pró-Reitora de Ensino/Graduação, Dr. Marlene Freitas, da Diretora de Projetos Educacionais da PROEG, Dr. Marilena Loureiro, da Diretora de Ensino da PROEG, Dr. Lucia Harada, do Dr. Crispino (Licenciatura em Física), e da Dr. Elinilze Teodoro (IFPA).  Presença também do professor Mauro Magalhães (PROEG) de professora Dr. Ana Tancredi, Diretora do ICED. O Professor Dr. Ronaldo Marcos de Lima Araujo, Coordenador do Projeto, conduziu a mesa de abertura e a Roda de Conversa sobre Integração.







 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Lançamento da Escola do Trabalho

        Amanhã no Auditório do ICED na UFPA, a partir das 14:30h, ocorrerá o lançamento da Escola do Trabalho, um projeto que visa a formação com foco na Integração.

       Venha participar conosco!

Para mais informações ligar 32017774.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

SEDUC limita a oferta de Ensino Técnico Integrado


A SEDUC – Secretaria de Estado de Educação do Pará normatizou o ingresso nos cursos técnicos integrados ao ensino médio. A Portaria Nº 1519/2012 GS/SEDUC, publicada no DO de 10/12/2012, define critérios de seleção e matrícula para estes cursos.

A normatização é necessária e os critérios de seleção são razoáveis (favorecendo o aluno de escola pública com bom aproveitamento escolar). É problemático, entretanto, o artigo da 2º da referida Portaria que limita as matrículas no ensino integrado a jovens de até 17 anos e 11 meses. Este artigo, ao PROIBIR A MATRÍCULA DE ADULTOS NO ENSINO TÉCNICO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO, torna muito mais distante a possibilidade de os adultos trabalhadores terem uma formação ampla e menos fragmentada.

Este artigo também inviabiliza a realização do PROEJA, curso técnico integrado na modalidade de jovens e adultos.

O Ensino Técnico INTEGRADO é uma modalidade de educação profissional criada com a intenção de enfrentamento à formação estreita, aligeirada e de má qualidade historicamente ofertada aos trabalhadores. Com esta Portaria, a SEDUC, na prática, assume como sua prioridade para o ensino técnico paraense as formas CONCOMITANTE e SUBSEQUENTE, que desvinculam a formação profissional da formação de cultural geral.

Neste sentido, a Portaria assinada presta um deserviço aos trabalhadores paraenses.

Veja a portaria no seguinte link: http://www.ioepa.com.br/2012/leitor.aspx?id=88170&p=forma+integrada

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

PEIXE NA MANTEIGA OU SOBRE TRABALHADORES E EDUCAÇÃO?





Doriedson S. Rodrigues[1]


É sábado. O sol convida a gente pra sentar na praia; e a praia chama a gente pra conversar com os amigos, intimar-se com a família e almoçar tucunaré na manteiga com um fervente arroz ao alho e óleo. O açaí está de licença médica.
(...)
É almoço. A conversa diminui. Garfos, facas e colheres ditam o tom. Bocas se abrem ao peixe.
(...)
Finda o almoço. Satisfação! So-no-lên-cia. Uma quietude de repente me reporta para a escola e trabalhadores, e cá já me vejo ao longe comprometidamente com os botões, enquanto os meninos brincam de bola e o pessoal vai se ajeitando num Café-Brasil-Aldeia[2]. Lembro uma aula sobre a segunda metade do século XX. Recordo a temática: democratização do ensino no Brasil.
Se não me foge a memória, estamos, nesse período, sob a perspectiva do paradigma urbano em detrimento do rural. As cidades, impulsionadas por pretenso progresso industrial – unilateral, porque pensado sob a ótica do capital –, veem-se envolvidas por uma imensa leva de trabalhadores, oriundos do meio rural, povoando as periferias das cidades, provocando entre a classe dirigente do país o receio de a ordem não ser mantida.